sexta-feira, 1 de junho de 2018

ABIMAQ continua debatendo o tema da redução do imposto de importação


No mês de abril, a entidade se reuniu com o governo para entregar documento a fim de alertar dos riscos em que a indústria, e em especial a indústria de máquinas e equipamentos, corre com a implantação de uma política de abertura comercial unilateral

“Nós entendemos que a abertura comercial seria oportuna depois que o Brasil combatesse os itens que compõem o Custo Brasil”. Esse foi o tom adotado por José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, na defesa das associadas da entidade em reunião com o Poder Executivo para pleitear a redução dos custos dos investimentos e aumentar a competitividade da indústria brasileira, além de ampliar o comércio internacional.

Em reunião realizada no dia 11 de abril, com Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, foi levada uma nota técnica da ABIMAQ com argumentação de que seria um erro muito grande a redução da taxa de importação de 14% para 4% de forma unilateral imediatamente. “Compreendemos que o Brasil precisa aumentar suas exportações e ter um maior fluxo de comércio, que inclusive seria bom para o setor de máquinas e equipamentos por ser altamente exportador, mas o País precisa primeiro eliminar as assimetrias daquilo que tira nossa competitividade e só então fazer a mudança das tarifas de importação”.

O dirigente explicou que as mudanças precisam obedecer alguns critérios, principalmente da escalada tarifária. “É necessário ter uma alíquota de importação menor para as matérias-primas, que fosse aumentando gradativamente conforme agregar valor. A sua adoção permitirá que os fabricantes de máquinas e equipamentos comprem componentes pelo mesmo preço que os nossos concorrentes fazem na Europa e EUA, e com isso combateria um ítem importante do Custo Brasil, ou seja, o custo dos insumos”.

O presidente executivo da ABIMAQ menciona que Eliseu Padilha, Daniel Sigelmann, secretário-executivo e o Marcelo Pacheco dos Guaranys, subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais tiveram boa receptividade ao pleito da entidade. “Em função desta audiência, o tema foi retirado da reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex) de abril”.

No encontro foi colocado ainda, pelos presentes, a possibilidade de antecipar a alteração da taxa de juros do Plano Safra já para o mês de maio.

Pela ABIMAQ participaram Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), Alexandre Bernardes, presidente da Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias (CSMR), Walter Filippetti, diretor de Relações Governamentais da ABIMAQ, além de Ana Helena Andrade, diretora de Assuntos Governamentais da AGCO.

MAIS AÇÕES

A apresentação de uma proposta para realizar um seminário a fim de debater a abertura comercial e a redução da alíquota de importação com o governo foi objeto da audiência, realizada no dia 26 de abril, com Joaquim de Lima Oliveira, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. O assunto, que já havia sido tratado com Moreira Franco, ministro anterior da pasta, foi levado com um esboço da programação do evento e a reação do ministro foi bastante satisfatória, dando demonstrações que gostou da proposta.

“Nosso objetivo com o seminário – explica Velloso - é convidar representantes da indústria de transformação, principais entidades e também os ministérios que compõem a Camex com a finalidade de ter um bom debate para que o Brasil tenha noção do que é necessário possuírmos para uma abertura comercial da melhor forma possível”. 

Para abordar o mesmo tema, a ABIMAQ também se reuniu com João Manoel Pinho de Mello, secretário de Promoção da Produtividade e Advocacia da Concorrência do Ministério da Fazenda, em 13 de abril, e Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), no dia 18 do mesmo mês.

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