Até o dia 30 de
novembro, as empresas terão de pagar a primeira parcela do 13° salário.
Mas o que fazer com o dinheiro extra? Um das opções é pagar as
prestações em atraso do imóvel; outra, adiantar as parcelas ou até mesmo
dar entrada e quitar o financiamento. Para a AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, antes de definir como usar o abono de fim de ano, é importante avaliar qual é o melhor investimento.
A primeira parcela da gratificação de Natal deve sair até 30 de
novembro. Já a segunda acontece até o dia 20 de dezembro. De acordo com o
Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos -, o recebimento do 13° salário deverá colocar na
economia brasileira R$ 131 bilhões. O abono será pago para 80 milhões de
trabalhadores e aposentados, o que equivale a 2,9% do PIB - Produto
Interno Bruto do País. Só no Estado de São Paulo, o valor deve chegar a
R$ 39,4 bilhões, o que representa 2,7% do PIB da região.
Que tal reservar o dinheiro extra para realizar o
sonho da casa própria? Ou para aqueles que já possuem imóvel, esse pode
ser um bom momento para pagar as prestações em atraso, adiantar as
parcelas ou até mesmo quitar o financiamento. “Há várias opções de como
investir o 13° salário, contudo é essencial ter cautela. Nesses casos, é
essencial reunir a família e colocar as contas na ponta do lápis e
definir qual é a melhor solução, o que inclui avaliar o
custo/benefício”, explica Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA - Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências.
Segundo Luz, quem pretende pagar as prestações que
estão para vencer fará uma boa alternativa. “Usar a gratificação de
Natal na amortização antecipada reduzirá o saldo devedor e
consequentemente provocará o recálculo da prestação e com isso diminuirá
as parcelas futuras”, afirma. Já nas situações para quitar o
financiamento, o presidente da AMSPA aconselha negociar com a financeira
e pedir um desconto do valor ou abater os juros.
Outra opção é usar o dinheiro extra para pagar as
parcelas atrasadas e com isso evitar a perda da casa própria. No SFH -
Sistema Financeiro da Habitação, após a falta de pagamento de três
prestações, o dono do imóvel é notificado por escrito. Se não quitar o
débito perderá o bem, mas poderá recorrer à Justiça. Já no SFI – Sistema
Financeiro Imobiliário, se o atraso for superior a 30 dias, o mutuário é
intimado a pagar via Cartório de Registro de Imóveis. Caso não o faça
no prazo de 15 dias, o banco terá a posse do bem e o levará ao leilão
extrajudicial onde o comprador não tem direito a qualquer defesa.
O 13° salário pode servir também para dar entrada na
compra da tão sonhada casa própria. “O dinheiro extra, junto com as
economias, caso haja, pode ser útil na diminuição do valor do
financiamento. Mas é preciso tomar cuidado com as artimanhas das
construtoras que utilizam vários meios para tentar fechar o contrato.
Por isso, é fundamental avaliar com calma, porque em muitos casos o
compromisso de pagar as parcelas chega até 30 anos”, esclarece Luz. “Nos
casos da compra de imóvel na planta, o valor da entrada deve ser menor
que de um bem pronto, pois é uma forma de se proteger quanto ao atraso
da obra”, acrescenta.
Para Marco Aurélio, antes de fechar o negócio, é
necessário tomar alguns cuidados para evitar a inadimplência. “É
aconselhável pedir uma planilha do banco com a projeção de todas as
parcelas do financiamento, incluindo as taxas extras e os seguros que
compõem a prestação. Também é essencial colocar todas as despesas no
papel e, junto com a família, verificar se as prestações não vão
comprometer mais do que 30% da renda familiar”, ressalta. “Além disso, o
futuro mutuário deve guardar uma reserva como os recursos do FGTS -
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ou da poupança”, completa.
Lembre-se de poupar um pouco para pagar despesas
extras, que inclui o IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano do
imóvel. Além disso, é importante começar 2013 sem dívidas, e
principalmente não atrasar as prestações do financiamento.
SERVIÇO:
Os mutuários que se encontram na mesma situação podem
recorrer à AMSPA para obter mais esclarecimentos. Os interessados podem
entrar em contato pelo telefone (11) 3292-9230 ou comparecer em uma
das unidades da entidade, com o contrato e os comprovantes do que já
foi pago. Endereços e mais informações no site: www.amspa.org.br.
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